Dirofilariose: Tudo o que você precisa saber | Jardim França

 Você conhece a Dirofilariose?

É uma doença causada pelo parasita nematoide Dirofilaria immitis (semelhante a lombriga), tendo os cães como seu principal hospedeiro final, mas acomete também gatos, furões e outros animais, e que se instala no coração desses animais.

Comumente apresentado pelos tutores como “verme do coração” ou mais erroneamente como “doença do coração”, este parasita está espalhado por todo o Brasil, principalmente em regiões litorâneas de clima quente sendo responsável por severas patologias cardio-respiratórias.

Seu cão não precisa ter contato com outros cães para contrair a doença.

Estudos recentes mostram que algumas áreas do Brasil possuem mais de 20% dos animais infectados pelo verme de coração.

#1 Dirofilariose: A Transmissão e o Ciclo

São transmitidas por variados tipos de mosquitos como os Culex, Aedes (o mesmo vetor da dengue) e Anopheles.

Esses vetores são os hospedeiros intermediários, portando as microfilárias infectantes e transmitindo-as ao hospedeiro final através de sua picada ao se alimentar do sangue do animal.

Ao penetrar na pele, acabam viajando pelos vasos sanguíneos até atingirem o coração, onde terminam seu desenvolvimento até a fase adulta (onde chegam a atingir 30cm de comprimento) em um período de poucos meses.

Dependendo da quantidade de microfilarias que chegam a fase adulta, o animal pode acabar tendo em seu coração centenas de vermes adultos em seu interior.

#2 Dirofilariose: Os Principais Sintomas

Os sinais não são muito aparentes até o coração atingir um grau de insuficiência por conta de seu interior estar preenchido por uma grande quantidade de vermes, podendo se iniciar com cansaço e intolerância a exercícios.

Em alguns meses, dependendo da concentração de parasitas no interior do coração, os animais passam a apresentar os sintomas clássicos de uma insuficiência cardíaca mais severa como mucosas pálidas ou ictéricas, perca de peso, dificuldade respiratória, podendo ter ascite (liquido no abdômen) e edema pulmonar e de membros, e culminando no óbito em poucos dias.

#3 Dirofilariose: O Diagnóstico

Infelizmente o diagnóstico é complicado e pode passar despercebido pelo clinico em uma consulta de rotina sem que os sintomas se tornem mais aparentes.

Na anamnese, o fato de animais frequentarem locais endêmicos (como o litoral ou locais com uma população maior de animais infectados com o aumento dos vetores) deve ser levando em consideração.

Após o clinico suspeitar de uma insuficiência cardíaca, exames de imagens como radiografia e um ecocardiograma podem levantar as suspeitas da doença.

Nesses casos, o veterinário poderá solicitar exames de sangue como sorologia e PCR, que possui mais precisão, para fechar o diagnostico.

#4 Dirofilariose: O Tratamento

O tratamento pode se tornar complicado dependendo da quantidade e do tamanho dos vermes no coração, levando a problemas sérios de obstruções dos vasos sanguíneos geradas pela morte do parasita.

Dessa forma o clinico terá de se basear nos exames para diminuir qualquer problema mais sério no tratamento.

O tratamento envolve medicamentos para matar os vermes adultos, assim como suas larvas que estão migrando até o coração, podendo levar meses de tratamento, mantendo o animal longe de qualquer tipo de estresse ou esforço físico.

Em alguns casos, recomenda-se a anestesia para a remoção manual de vermes maiores.

Infelizmente, mesmo iniciando o tratamento, o prognostico é ruim.

#5 Dirofilariose: A Prevenção

 

Como o tratamento da Dirofilariose acaba se tornando muito complicado, principalmente pelo estado do paciente ao chegar ao clínico, a melhor forma de evitar essa doença é a prevenção.

Principalmente em animais que frequentam áreas endêmicas.

O uso mais comum de preventivos são medicamentos que possuem em sua formulação vermicidas que matam a forma jovem dos vermes, e que são utilizados mensalmente.

Tais medicamentos podem ser encontrados em certos vermífugos ou contra ectoparasitas.

Existem também vacinas (ProHeart SR-12) que atuam como proteção durante 12 meses, sendo a forma, até então, mais segura na prevenção.

Lembre-se, é muito importante que você procure um médico veterinário da sua confiança.

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